TRIURIDACEAE

Triuris hyalina Miers

LC

EOO:

153.274,088 Km2

AOO:

16,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre nos estados do Amazonas, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Maas; Maas, 2012); até 1600m(Maas; Rübsamen, 1986).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Eduardo Pinheiro Fernandez
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>Triuris hyalina</i> Miers ocorre amplamente distribuída nos neotrópicos, com registros desde a Guatemala até o sudeste do Brasil. Aqui, a espécie foi registrada em Florestas Ombrófilas Densas e semidecíduas associadas aos Domínios Fitogeográficos Amazônia e Mata Atlântica, nos estados do Amazonas, Espirito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo (Mass, 2012). Entretando, há registros indicando a ocorrência deste táxon também no estado da Bahia, confirmados pelo especialista botânico J.P. Maas; suspeita-se que o baixo número de coletas de <i>T. hyalina </i>se de principalmente por sua característica saprofítica, no interior de ambientes florestais, o que dificulta sua localização em campo. Pela sua expressiva distribuição geográfica, com registros em áreas ainda bem conservadas (estado do Amazonas), <i>T. hyalina</i> foi considerada de Menor Preocupação (LC) neste momento, porém demandando estudos biogeográficos e populacionais mais detalhados para se avaliar o risco de extinção de maneira mais precisa.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Proc. Linn. Soc. i. (1841) 96.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em floresta ombrófila densa (Maas; Maas, 2009).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Caracteriza-se por ervas de 1,5-20cm de altura; coletada com flores de Setembro a Maio (Maas; Maas, 2002; Maas; Rübsamen, 1986).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
O modelo tradicional da ocupação da Amazônia tem levado a um aumento significativo do desmatamento na Amazônia legal, sendo este um fenômeno de natureza bastante complexa, que não pode ser atribuído a um único fator. As questões mais urgentes em termos da conservação e uso dos recursos naturais da Amazônia dizem respeito à perda em grande escala de funções críticas da Amazônia frente ao avanço do desmatamento ligado às políticas de desenvolvimento na região, tais como especulação de terra ao longo das estradas, crescimento das cidades, aumento dramático da pecuária bovina, exploração madeireira e agricultura familiar (mais recentemente a agricultura mecanizada), principalmente ligada ao cultivo da soja e algodão. Esse aumento das atividades econômicas em larga escala sobre os recursos da Amazônia legal brasileira tem aumentado drasticamente a taxa de desmatamento que, no período de 2002 e 2003, foi de 23.750 km2, a segunda maior taxa já registrada nessa região, superada somente pela marca histórica de 29.059 km2 desmatados em 1995. A situação é tão crítica que, recentemente, o governo brasileiro criou um Grupo Interministerial a fim de combater o desmatamento e apontar soluções de como minimizar seus efeitos na Amazônia legal (Ferreira et al., 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha da Flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
4.4.3 Management
Ocorre em Unidade de Conservação; Parque Nacional da Serra do Órgãos, no estado do Rio de Janeiro (Maas; Rübsamen, 1986).